Vitória e os mesmos problemas

Ontem foi dia de matar a saudade do Estádio Olímpico. O Dragão recebeu o CRAC de Catalão e presenteou a torcida com os três pontos.

Desde o início do jogo o Atlético dominou as ações do jogo. Com interessantes trocas de passes, o time rubro-negro pouco sofreu sustos na partida, valendo-se da fragilidade do adversário.

O problema é que a equipe se movimenta, toca bem a bola, mas erra demais. Muitos passes equivocados e finalizações desastrosas. Filme repetido por todos os jogos do Atlético no Campeonato. Ao menos, contra adversários claramente inferiores, não perdemos pontos.

Falta objetividade e profundidade. Viçosa, que tem a missão de ser artilheiro desse time, vive fase terrível. Nada dá certo para nosso atacante. Temos que dar um desconto que a bola não chega em boas condições para que ele possa finalizar.

Marcelo Cabo terá muito trabalho para calibrar o pé da rapaziada. É cada chute que deixa o torcedor constrangido.

Apesar dos problemas, tudo isso já era esperado. Um time desmanchado de um ano para o outro não adquire aquele entrosamento extraordinário de 2016 em apenas 4 jogos.

Temos uma comissão técnica diferenciada, que vai dar uma cara pra esse time. Apesar de tudo, dá pra ver que o time ter organização, um padrão tático. Acredito que mais algumas rodadas esse time vai dar liga a ponto de brigar pelo título do Estadual. Vejo potencial neste time para a conquista do campeonato, e não vejo nenhum time fora da curva na competição.

Quanto aos reforços, me chamaram a atenção o zagueiro Roger Carvalho, o atacante Willians e o volante Betinho, que deve colocar o Abuda pra esquentar o banco, merecidamente. Wanderson e Daniel Borges mostraram potencial. Alípio, jogador que eu tinha bastante expectativa, vem decepcionando.

Se pro Goianão ainda falta muita coisa, imagina pra Série A. Mas a confiança no trabalho de quem comanda o clube me deixa tranquilo.