No primeiro dia útil após ser empossado, o novo ministro do Esporte começou o desmonte da Autoridade Pública do Futebol (APfut) recém montada. Leonardo Picciani anulou a nomeação de todos os representantes governamentais do órgão – o indicado do Ministério do Esporte, Ricardo Gomyde (ex-secretário Nacional de Futebol); da Fazenda, Sóstenes Marchezine Santos; e da Previdência, Manoel Messias Melo.
Desde sexta-feira, tenta também destituir o presidente da APFut, César Carrijo. O novo presidente seria indicado de Jovair Arantes, deputado (PTB / GO), integrante da bancada da bola e relator do processo de impeachment na Câmara.
César Carrijo é considerado o perfil mais técnico da APFut. Foi escolhido justamente por isso. A ideia é que ele preservasse as decisões de pressões clubísticas. É advogado da União, servidor de carreira desde meados de 2000. Está lotado na subchefia jurídica da Casa Civil. Sua nomeação foi ato da presidente afastada Dilma Rousseff. Para destituí-lo, é necessário que Michel Temer assine.
Ele está na Subchefia Jurídica da Casa Civil da Presidência da República. Não é filiado a nenhum partido. É advogado da União, servidor de carreira desde meados de 2000.
A APFut é o órgão que recebe as denúncias de infrações ao Profut, lei que refinanciou as dívidas dos clubes e que estabelece uma série de medidas de responsabilidade fiscal e de gestão. As denúncias podem culminar no rebaixamento de um clube, por exemplo. Daí, a necessidade de se ter um presidente alheio aos interesses dos clubes e da CBF.
Ainda não há informações se os integrantes da sociedade civil serão mantidos. Entenda o que faz a APfut e saiba quem são os atuais membros clicando nas matérias ao lado.
O blog enviou questionamentos ao Ministério do Esporte, que respondeu no começo da tarde. Leia abaixo a íntegra da nota:
No que tange ao questionamento sobre publicação no Diário Oficial da presente data, onde anula as nomeações dos membros do governo para a Autoridade Pública de Governança do Futebol (APFut), vale destacar que:
As nomeações foram realizadas precisamente na véspera da posse do novo ministro Leonardo Picciani. Diante disso, todos os atos foram sustados por questão de cautela para respectivas revisões.
Em relação aos membros, o decreto da APFut determina que os representantes indicados exerçam mandatos sob condição de permanecerem vinculados às funções que exercem nos seus respectivos ministérios. Portanto, os mandatos não são dos membros da APFut.
Fonte: ESPN
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