Na última 6a f. foram quase 7.000 presentes, sem contar as crianças, que arrisco que haviam umas 1.000 lá no estádio. Todo esse público com o time vindo de 5 jogos sem ganhar, foi isso, a comunidade abraçou o time mesmo na fase ruim.
O resultado foi amargo, empate no finzinho, mas nada apaga todo esse envolvimento do torcedor, a sensação incrível de ver as ruas e Setores em torno do Estádio cheios de pessoas indo a pé pro Accioly, bares nas imediações com inúmeros rubro negros fazendo ali seu “aquecimento” pra partida, o bairro em movimento, a porta do Estádio lotada,aquela resenha nas barraquinhas…
Demonstrou-se que a mobilização popular fez efeito, e que há uma permanência histórica em torno da alcunha que marcou o clube nos anos 60: “O clube do povo”.
Foi muito importante a Diretoria colocar o ingresso a 10 reais, na promoção, o estádio estava mais democrático, negros, mulheres, o torcedor da classe trabalhadora pôde ir, levar os filhos e amigos, tinha atleticano vindo de outras cidades, de regiões distantes do capital, de Eixo Anhanguera, colorindo de rubro negro os terminais de ônibus da capital.
É assim que essa torcida vai se reconstruindo, é com o povão, nosso clube não é e nunca foi clube de playboy, de filhinho de papai, quem enche arquibancada é o povão.
Os jogadores atleticanos, a imprensa nacional e local, olhavam pra arquibancada e viam que ali estava um clube de tradição, não era um time de empresário, de verão, sem torcida, não era um Guaratinguetá, um Oeste ou um Grêmio Anapolis…
Ali estava o primeiro clube da capital, em seu estádio tradicional, próprio, junto à comunidade de Campinas e sendo empurrado por diferentes gerações de atleticanos que encheram o Accioly. Esse é meu Dragão.
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